Luna (Não lembro)

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vivo no meu mundo
da lua

passos de astronauta
na rua

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Fato

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volto sozinho pra casa
e desabo na cama.

“de que vale minha pseudo-fama”

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Dissertativas

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“ziguezagueando”
pelos caminhos que faço

continuo tropeçando
nos meus passos

o que faz o refrigerante ficar escuro?
por que você fica em cima do muro?

nunca fez diferença
por que agora, teve que fazer?

maldita hora
que fui te conhecer

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Lógica

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prevejo os fatos um a um
os acontecimentos em câmera lenta

no primeiro capítulo da novela descubro tudo
ninguém mais me agüenta

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54ª Feira do livro de Porto Alegre

Pessoas...

Dia 1° de novembro, um sábado, estará ocorrendo uma sessão coletiva de autógrafos dos livros Histórias de trabalho e Poemas no ônibus e no trem 2007 (meu poema está nesse livro!)

Haverá também uma performance teatral com os textos dos dois livros... Chique, hein?

Então se você mora me Porto Alegre ou região metropolitana, compareça! Ou sei lá, vai que alguém esteja de passagem pela capital, apareça também!!

Os livros estarão baratinhos...

Horários:

16 horas: Performance do grupo Vira teatro (com os textos)

Local: Território Passargada na feira do livro (entre o Sntander e o Memorial do Rio Grande do Sul)

18 horas: Sessão coletiva de autógrafos dos escritores (eu sou um escritor? o.O)

Local: Memorial do Rio Grande do Sul (entrada lateral)

Entrada de grátis! ^^

Serei o mais bonito no dia. Barbada de me encontrar.

Tirem fotos, elas podem valer alguma coisa daqui algum tempo...

HUIAHiuahIUAHIauhiAUHiuahIUAHIuha

Humor

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pessoas efusivas incomodam-me
as muito tímidas também

a bem da verdade
acho que não gosto de ninguém

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Rua da percepção

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Perco-me na imaginação e não me acho
Atitudes imprecisas, soluções

Na luz dos meus pensamentos
Pessoas ao redor de tudo. Insatisfação, ratos

Ao andar pelas calçadas,
“Sorrindo em minha direção. Seriedade na contramão.”

Vejo além do que quero ver, tentando esquecer.
Esquecer as complicações. Os fatos

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Sentidos II

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para entrar em você
acompanho seus movimentos
tentando não me perder

[...]seus olhos traduzem palavras soltas[...]

suas reações me fazem compreender
estou no caminho certo
para entrar em você

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Reclamação

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pingos de chuva
no telhado de latão

além de tirar o sono
acabam com a concentração

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Licença

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atestado “métrico”
foi o que o poeta pediu

quando tentou fazer uma rima
e não conseguiu

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Por segundos

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beijam-se em frente a loja de baterias
uma bela recarga de amor
por mais alguns dias

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Noite

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a lua sorri irônica
na rua deserta e clara
iluminando apenas
o silêncio que por si só fala

o ar gelado no rosto
no peito o coração dispara
por todo sentimento enterrado
em uma cova rasa

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Sentidos

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como quem se contenta com o horizonte
observando apenas por uma janela
fica apenas no toque

da branca pele

dela

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Verbulando II

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acho que aprendi
a conjugar os verbos, errado...
por quê: eu gosto de ti
está no passado

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Revisando

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ontem lembrei
o que fiz de errado...

fui simplesmente eu mesmo
que engraçado!

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Crises

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nada de pedidos de desculpa
beijos e abraços

mesmo eu tendo o coração de ferro
e talvez os nervos de aço

nada disso importa
- por que comeu o último pedaço de torta?!

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Borboletas na chuva

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(Ananda Torres, Tunai Giorge)

está caindo o mundo lá fora
as borboletas continuam aqui
conversas de final de semana
dias de chuva
e agora?

está caindo o mundo lá fora
e eu continuo aqui, escrevendo...
conversas em dias de chuva
finais de semana

as verdades que escondi
estão lá fora.
as borboletas continuam aqui
e agora...

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Vai entender

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das coisas que não gosto
a que eu mais gosto, é você

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Crime impossível (impropriedade do objeto)

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A lei é bem clara
Quanto a este assunto...

Por mais que você queira
Não se pode matar um defunto!

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Mundi

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o ar é condicionado
a grama, artificial
as flores são de plástico
mas o que sinto é real

probabilidades metereológicas
controlam o meu dia
estragam meu humor no calor
me alegram nas manhãs frias

tudo programado normalmente
para nos parecer legal
condicionadamente, artificialmente
normal...

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